terça-feira, 20 de março de 2012

RESENHA CRÍTICA - PATRICIA CRISTINA (TURMA A)





Resenha elaborada por Patrícia Cristina Rodrigues da Silva, pós-graduanda do curso Educação Infantil e Suas Linguagens (turma A) do Instituto de Ensino Superior Funlec. Resenha crítica do livro Educação Infantil e Registro e práticas. São Paulo: Cortez 2009 sob autoria de Amanda Cristina Teagno Lopes, o livro é dividido em seis capítulos, e com o objetivo de construir uma concepção de registro que engloba diferentes formas, (como registro de observação, diário de classe portfólios entre outros), e diferentes linguagens (verbal e não verbal), o mesmo cita alguns personagens ilustres para educação como: Paulo Freire, Madalena Freire, Cecília Warschauer, Miguel Angel Zabalza e Julia Oliveira, Formosinho entre outros.

A autora leva o leitor a questionar a realidade da escola publica brasileira no que diz respeito ao registro, pela falta de recursos, e também pela falta de tempo e disciplina dos profissionais que não estão acostumados a expor sua prática. Porém as mudanças ocorrem lentamente ao longo de anos.

O livro relata a importância dos artistas viajantes que estiveram no Brasil no Séc. XIX devido a inexistência da fotografia a dificuldade de se descrever lugares, homens, plantas e animais, esses artistas produziam registros visuais (linguagem não verbal). A criança também é produtora de registro, construtora de cultura e história, é necessário então enfatizar o desenho como forma de linguagem privilegiada.

A autora destaca a especificidade da Educação Infantil e do profissional que atua nessa faixa etária, período no qual os termos cuidar e educar são tratados de forma indissociável, quanto menor fora criança maior deve ser a ênfase na integração desses dois aspectos, ou seja, a pessoa que trabalha com essa faixa etária deve atuar nas duas direções, conferindo ao registro características peculiares.

É indispensável que seja feita uma observação dos comportamentos de cada criança, das brincadeiras e das interações, que haja uma avaliação da aprendizagem como instrumento de reflexão sobre a prática pedagógica e utilização de vários tipos de registros realizados pelo adulto e crianças, feito ao longo de períodos e em momentos diversificados (relatórios fotográficos, desenhos, portfólios entre outros).

O texto ainda traz um pouco de história da Educação Infantil, mostrando a escassez de registros produzidos pelos professores. Os poucos registros encontrados eram a maioria para fins burocráticos, os profissionais não precisavam refletir, apenas seguir os princípios froebianos, detalhados nas revistas.     

A autora fez uma análise de seus registros produzidos como professora de Educação Infantil, levando os leitores do livro à compreensão da importância do registro de sua prática pedagógica.

A Educação Infantil tem tido destaque no campo educacional, e atualmente assume novas direções e orientações tornando necessária uma formação bastante ampla do profissional.

É evidente a preocupação do professor em contemplar as especificidades da infância, o lúdico e as diferentes linguagens, os registros pedagógicos realizados pelos profissionais vêm de orientações recebidas em seu processo formativo mais recente, e vem servindo de instrumento que permite rever a própria prática de forma reflexiva e crítica e redirecionar suas ações docentes. Porém percebe-se que falta tempo para anotações diárias dentro das instituições.

É necessário que a comunidade escolar, ou melhor, os diretores e coordenadores estejam engajados com os professores e busquem meios para garantir o registro, registro esse que é rico em experiências prazerosas de aprendizagem, que serve para reflexão e redirecionamentos de práticas, e torna tanto professores com alunos criadores de sua história.




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